Marés


Tô numa de flores...
aquarelas...
fotografias.
Tô numa de sonhos...
delírios...
fantasias.
Ando chorando demais.
Sorrindo demais.
Sofrendo demais.
Sentindo demais.
Sentindo de menos.
Minhas escolhas tão confusas que chego a ficar tonta.
A certeza é incerta .
Tô numa de dúvidas.
Tô numa de desistir.
Tô nessa maré ruim pegando vez ou outra boas ondas.
Acho que preciso agarrar forte alguma expectativa.
Ou talvez precise segurar firme num tronco de árvore.

6 comentários:

  1. Murcham as flores
    Desbotam as aquarelas
    Apagam-se as fotografias
    Continuam a haver dores
    Algumas sequelas
    Inconstantes frentes frias
    Sempre mais do mesmo
    Não era isso que você queria ouvir
    Mas no porvir
    Só pode vir
    A cada quero ir
    A louca conjunção
    Da sua condição
    Onde o caos te pega pela mão
    E ordem sopra movimentos
    Temos de ir saboreando o vento
    O fazer no reinvento
    Curtindo a paisagem
    Trabalhando na vertigem da viagem
    Pois chegar é bobagem
    Teleologia antiquada dos antigos
    Perdidos do próprio umbigo
    Mas tenho cá comigo
    Que o único abrigo é o mundo
    A única possibilidade é a vida
    Posso ser raso, largo, profundo
    Pode ser preta e branca pu colorida
    Devaneios de um mero vagabundo
    Mas curtir é minha saída preferida...

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    1. Gostei disso! Como sempre você respondendo com mais poesia. E não são vãs... visto que acato. Tô numa de curtir então... e que se danem os barcos!
      Grande abraço Jorge! (:

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  2. O meu verso só nasceu
    Do diálogo com o seu
    Céu
    Ou inferno
    Nada é eterno
    QUe seja eterno enquanto dure...

    O privilégio é sempre meu Dona Jhê

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  3. Também tô nessa...
    Gostei do(s) blog(s).
    Beijão!

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Conta pra mim, não conto pra ninguém...