Passado é folha usada. Folha amassada. Folha velha.
Quem dera ser um tronco, cujas folhas caem pouco a pouco... naturalmente.
Tronco sem folha sente chuva, descasca de tanto sol.
Vira casa de formiga, abrigo de joaninha, mural de paixões eternas.
Vira casa de formiga, abrigo de joaninha, mural de paixões eternas.
Com gente é diferente.
Gente senta no tronco, fecha corpo, fecha os olhos e chora pela folha.
Lembra dos rabiscos da folha.
Cisma que se a folha voltasse pra mesa, poderia ser reutilizada.
Reescrita.
Mas passado reescrito serve de nada não.
Bom mesmo é passado que vira futuro.
Tronco pelado, ganha ramos verdes.
Passa um mês, dois e pimba: folhas enormes preencheram o vazio de outrora.
Gente que supera, ganha cicatriz e força pra continuar.
Passa um ano, dois, três, eternidade...
Passa um ano, dois, três, eternidade...
Reencontro.
O amanhã é hoje.
O amanhã é hoje.
Troca de experiências.
Te conto o que aprendi.
Conversa em mesa de bar.
Sejamos troncos.
Entre sementes passadas
ResponderExcluirE frutos caídos futuros
Daqueles podres
Esvaziados os odres
Percebe-se os furos
Os erros dados
Herdados
Impuros
Erros que se queria perder
Esquecer
Mas o que haveria de ser
De quem tendo esquecido
E tendo todo o restante do vivido
Percebesse-se fadado ao mesmo fado
Já que esquecido o passado
Não pudesse haver diferença
Seria, então, outra a descrença
Mas mesma a desavença
Pois até se o crime não compensa
Faz fértil o solo semeado...
Mas que ALEGRIA te ter de volta por aqui! (:
ExcluirPor onde anda a poesia?
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