Do mundo dos sinônimos sussurrou quase trinta depois de ler a porra toda.
Sentiu raiva, nojo, repulsa, vontade de espancar, asco, horror, ojeriza, desprezo, repugnância, mal estar, fastio, náusea, engulho, aversão, desprezo, arrependimento, fobia, desgosto e rancor.
Fora todos os palavrões que soltou no meio da avenida enquanto transeuntes iam e vinham como se fossem relevantes ou significativos pra alguma coisa ou alguém.
Filmes cheios de cenas bonitinhas e romantiquinhas passaram por sua cabeça sem parar, como acontece com meninos no auge da puberdade. Daqueles que não cansam de bater uma.
O fato é que não estava nem aí pro orgasmo.
Se cansou e decidiu pôr um fim naquele filme, cuja participação era tão importante quanto a de uma pipoca esquecida no assento do cinema.
Ou no chão.
Anoiteceu.
Adormeceu.
Com o barulho da porta, acabou despertando.
Era a hora.
Pela madrugada, colocaram os pontos em seus devidos lugares.
O quase monólogo viu o sol nascer.
A ira cedeu espaço. A tentativa entrou.
No fim, duas bocas se encontraram.
Acabou em sexo.
Brinde o sentimento.
Brinde o sentimento.
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