Jordan [ por Luxúria...]

O cinza de um dia taciturno, bateu dentro de meu ser... senti uma estranha dor... um prazer solene e calmo. Peguei um cigarro, calcei estes escritos e andei por algum lugar...

É notório que não sou poetisa. Ao menos familiarizada com certas palavras. Apenas condenso minha pouca experiência humana sem passar pelo intelectual. Não esperes nada de mim; pobre e cognoscível... impossível de ser demudada.
Tão somente sinto a beleza triste... pois na maioria das vezes se encontra no lugar de algo que um dia partira.
Essa beleza dói... dói sim e confesso com circunspeto que aprecio esta dor no interior de minha alma.
Gosto de ser a própria mentira, que morre aos pedaços... se delimita. Entretanto é verdadeira e indômita...
Acordo como todos, com dores de cabeça, mais acentuadas quando não tomo o meu copo de café. Copo... cheio e amargo. E quanto mais me despedaço ao quarto ou quinto gole... mais alívio sinto.
Quanto mais atulhafo-me com atavios menos enxergo este ser no espelho...
Saio então à noite... e percebo o brilho dos vaga-lumes...
Amanhece, vejo o desabrochar de uma única flor... desfazem-se minhas pétalas num ato incompleto, até exaurir todo o sorriso tímido que havia estado no canto de meus lábios até aquele crucial momento.
Assim, a infelicidade desaba sobre mim, vestida de alegria, deixando-me inapetente ao resto do dia...
Volto para casa... acendo outro cigarro... o choro sai com um riso contido...
Então... vês e pensa que assim sou todo o tempo!
Ah!
Que ingenuidade... eu e meus íntimos disfarces...
Fecho os olhos... me entrego.
Caio... derreto... escorro... deito em seus ombros largos...
Calor...
Cor...
Simulacro...
Somente tu... tu... podes aliviar isto; me entorpecendo com tranqüilizantes, ou dando-me aquele remédio que faz tudo eu esquecer.
Enfim, quando acordo no dia seguinte, de nada me recordo...
Jogada ao chão minha foto preto e branco, e a seu lado, o negativo de quem partira e só retornará, quando novamente se exaurir o sangue...
Deixando escrito no piso xadrez em um bramido silencioso:
"Preciso de ti... Porra Jordan!!!"

6 comentários:

  1. ahh cara vc vai ser escritora meuu !
    que não sabe usar as palavras tu brinca com elas como poucos meu :)

    se quiser pode usar sempe o Jordan e acredito q ele não te negará os remedios :)
    comecei a serie dele lah no blog!
    será de como ele surgiu até ele dar os entorpecentes pra nois ;P

    nhha lhe amoo!

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  2. eahhh caraam eu posso incluira cléo na historiia do Jordan me ajuda a escrever?... a cara o Jordan num é tão bonzinho depois vou te falar as ideias!

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  3. ahhhh
    eah musica escrevi ontem em 15 min !

    sauashusa
    darei pra alguma banda de amigo se quiserem !
    uhsausahas
    achas q ficou boa ?

    Fresno me inspira na boa!
    ontem eu acordei chorando a toa *fato*
    mais eu não sou emo !
    ai escrever a letra =)

    ahh te amoo anjo !

    ;***

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  4. É notório que não sou poetisa. Ao menos familiarizada com certas palavras. Apenas condenso minha pouca experiência humana sem passar pelo intelectual.

    OMFG!!!

    porra!putaqueopariu!

    suas palavras me lembram um feminino moderno Edgar Allan Poe...


    você fala e fala com sentimentalismo... as vezes parece que você fala de amor... as vezes parece obssessão.

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  5. É cinza
    Mas não finja
    Que o que quer que a atinja
    Deixa apenas um tom acre
    Logo após o massacre
    Que despe de toda a cor
    O ardor que rompeu o lacre
    Mesmo que desfeito o vigor
    Ainda há uma certa memória
    De como foi saborosa a vitória
    Do que foi esquecido
    Por esse ser sumido
    Pelo qual brandes teu grito
    Sõe o apito
    Que seja por luxúria
    Que seja por ira
    Não mereces a penúria
    Afinal sem ti o que seria
    Dessa realidade impura
    Dessa vã pradaria
    Não tenho a tua cura
    Mas tenho alguma poesia
    Amiga poetiza
    Para com algum prosear
    Fazer soprar a brisa
    E vislumbrar o teu mar
    Pois tudo que precisa
    E fazer o ar se movimentar...

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Conta pra mim, não conto pra ninguém...